sexta-feira, 5 de junho de 2009
Larmandier Bernier
Raras são as semanas em que não sou confrontado com essa frase fatídica, o momento em que alguém me declara que não gosta de champanhe, espumante, cava, sekt ou qualquer outro nome que sirva para identificar a sedutor vinho com bolhinhas. Apesar de me incomodar sobremaneira, entendo os fundamentos da afirmação. Quem nunca provou um bom champanhe, um champanhe autêntico e bem feito, não pode conhecer o prazer supremo de bebericar uma das bebidas mais sensuais do mundo. A analogia é fácil, se pensarmos como seria alguém provar um vinho californiano do estilo Porto … para logo afirmar que não gosta de Vinho do Porto Vintage!
Claro, o bom champanhe é caro, escandalosamente caro, fruto de uma associação de luxo e celebração bem construída pelos grandes produtores da região. Não é fácil encontrar excelentes champanhes a preços alcançáveis. Porém, mesmo em Portugal, conseguem-se encontrar verdadeiras preciosidades, champanhes belíssimos e acessíveis, vinhos superiores a preços sensatos acessíveis ao comum dos mortais… pelo menos em dias de festa!
Um dos produtores que mais me emociona é Larmandier Bernier, um pequeníssimo produtor no oceano de champanhe, uma casa minúscula num universo de impérios e gigantes. Em Larmandier Bernier tudo é alternativo, bem visível na loucura de se lançar nos preceitos da agricultura biodinâmica numa paisagem tão agreste e extremada. Os vinhos são absolutamente extraordinários na pureza aromática, na secura e precisão, na complexidade só ao alcance de poucos produtores notáveis. E o melhor de tudo é que estão disponíveis em Portugal, importados por Os Goliardos (Rua da Mãe de Água, 9 , 1250-154 Lisboa), com preços que variam entre os 25€ da versão mais simples, o Brut Tradition, e os 42€ do vinho mais caro, o Vieilles Vignes de Cramant, um champanhe de vinhas velhas absolutamente notável na complexidade e originalidade.
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3 comentários:
Champanhe... tão dado a amores, ódios, paixões, invejas e cuidados...
Pessoalmente, e não só já provei alguns dos bons como posso afirmar ter bebido dos melhores, neste momento detesto-o.
Coisas do amoródio.
:(
Pois, nesse caso não vale a pena insistir…
Pois eu desde que visitei recentemente Reims fiquei a entender melhor uma expressão que em tempos ouvi: “O champanhe é a segunda melhor bebida do mundo a seguir a água”
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