quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Fancy Fast Food
E Agora António?
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Um amigo...
Hoje morreu um amigo, um homem verdadeiro e apaixonado, simples e sem lérias, um homem que viveu toda a vida de forma autêntica e descomplexada, sempre com um sorriso de eterna candura. Além de bom amigo e de bom homem, foi autor de alguns dos brancos mais originais de Portugal, os vinhos de Casal Figueira que tanto elogiei ao longo da minha vida profissional de jornalista especializado em vinho. A ti, António Carvalho, deixo uma sentida homenagem.
Especial de corrida
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Privilegiados sejamos
domingo, 27 de setembro de 2009
Embirrações XX
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Um Outlook na Feitoria de Belém
O relato dessa experiência pode ser lido amanhã, Sábado, no Suplemento Outlook do Diário Económico.
P.S1. deixo um “chips” de entrada para abrir o apetite. São especialmente para o Duarte Calvão que tem a mania que conhece as melhores batatas fritas de Lisboa. Ok que estes “chips” não são só de batata, mas mesmo assim são dignos de fazer inveja aos verdadeiros apreciadores).
P.S2 porque é que se tem ouvido falar tão pouco deste restaurante e deste Chefe?
USB (Port)
É, seguramente, uma das formas mais inteligentes de contornar a proibição legal de usar o nome “Port”, denominação de origem protegida, nos vinhos licorosos californianos… basta rabiscar o símbolo universal de um USB port e omitir a palavra! Já agora, para os perfeccionistas, o código em binário da videira significa “Peliter Station”, o nome do produtor desta imitação de Vinho do Porto.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Belém Top 50
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
domingo, 20 de setembro de 2009
Finalmente, um rosado recomendável!
Não foi nada fácil, mas encontrei finalmente um vinho rosado que me satisfez realmente, o Quinta da Giesta rosé 2008, do Dão. Não tenho qualquer pejo em afirmar que é um dos melhores vinhos rosados de Portugal, e é bom poder comprovar que os rosés não têm de ser doces ou enjoativamente frutados para serem interessantes. De cor rosada viva e brilhante, é um rosé seco e vivo, frutado mas sem exageros, incrivelmente fresco e revigorante, complexo qb, alegre, seco, versátil… como todos os vinhos rosés deveriam ser. Perfeito para a mesa, perfeito para a esplanada, com ou sem companhia.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Orçamentos
Porém, é verdade que o mercado inglês, apesar de extremamente difícil, é a placa giratória do vinho, o centro de todas as decisões e tendências, capaz de afirmar ou destruir marcas de forma global. Manter uma presença forte em Londres é imperativo para qualquer país produtor, como quase todos os restantes países produtores o descobriram há muito tempo. Claro, essa presença só fará sentido se o orçamento dedicado à promoção for consentâneo com o objectivo e consistente no tempo, mantendo a visibilidade e promoção durante muitos anos. Os números podem ser assustadores. Soube-se agora, por exemplo, que o Chile conta com um orçamento de 450.000 libras só para a promoção dos vinhos chilenos em Inglaterra, com fundos garantidos pela associação de produtores chilenos (divididos de acordo com o volume de vendas), com uma pequena ajuda do governo central. A Nova Zelândia dispõe de um orçamento semelhante, financiado apenas pelos produtores., tal como a África do Sul com um orçamento de £300.000. Depois chegam os pesos pesados Califórnia com um orçamento de £615.000… e Espanha com £1.000.000 para gastar em promoção!
Felizmente existe a Itália, país que, tal como Portugal, vive de eventos casuísticos e da carolice e empenho pessoal de alguns funcionários. País que tem também a tradição anual de oferecer jantares opíparos para a imprensa… na última semana fiscal, como forma de justificar os fundos que sobraram do orçamento…
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Miss carta Outono/Inverno
Embirrações XIX
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Castro Elias abre ao jantar
Vinho estranho?
Pois é, isto das traduções nem sempre funciona bem. Quando o proprietário desta loja parisiense decidiu passar a vender vinho estrangeiro para satisfazer o grande número de clientes que passavam no bairro não sabia onde se ia meter. Para anunciar tal decisão no novo toldo resolveu redigir o facto em inglês, socorrendo-se do dicionário de bolso para a tradução. Desconhecia é que “étranger”, para além de estrangeiro, também significa estranho. Imaginem qual foi a versão que escolheu…
domingo, 13 de setembro de 2009
Embirrações XVIII
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Uma mineira na Tasca
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
I Confess...
Tudo isto surgiu hoje ao encontrar, por acaso, esta excelente recolha de Fabrico Próprio. Precisamente no dia em que a melhor cozinheira de doces (e não só) do mundo completou 70 anos. Parabéns, mãe Luz.
Este post meio lamechas teve o patrocínio de meia garrafa (para ¾) de Porto Vintage Fonseca, 2007
P.S. e sim mãe, também confesso: era eu quem roubava os garrafões de Água do Luso lá de casa - e uma vez ou outra, também os dos vizinhos - para ficar com o dinheiro do depósito e assim alimentar o vicio.
Riesling Renaissance
O livro até já tem uns anitos, a minha cópia é de 2004, mas continua a valer a pena para quem se interessar por esta casta extraordinária. Dei por ele quando andava aqui pelo escritório a tentar dar algum sentido à desarrumação quase permanente. Apesar dos cinco anos de edição mantém-se actual e interessante, uma espécie de pequena bíblia sobre quem é quem nos principais locais de eleição da casta Riesling. Dividindo-se sobretudo por Alemanha, França, Áustria e Austrália, dá ainda uma pequena volta sobre a Nova Zelândia, América, Canadá, África do Sul, América do Sul e Europa, embora estes últimos de forma muito superficial.
Escrita por Freddy Price, é um título a não perder para os apaixonados por esta casta maravilhosa (ISBN 1-84000-777-X).
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Vinha fazer um depósito, sff
Olhe, faz favor, queria depositar duas garrafas de branco e uma de tinto…
domingo, 6 de setembro de 2009
Embirrações XVII
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Não é defeito, é feitio
Se fores a Vila do Bispo tens que ir ao Café Correia, ouvi várias vezes ao longo destes anos. Quase sempre seguido por um aviso: “ a D. Lilita tem um estilo muito particular de receber. É pá mas vale a pena”. Quis o destino que neste Verão, ao passar pela vila algarvia desse de caras com uma das muitas placas de “há percêves” que pululam por ali. E onde estava esta? Precisamente na montra do Café Correia.
Uma olhada pela ementa fixada à entrada e percebe-se logo (passe o trocadilho) que aqui não há lugar para grandes complicações, nem grandes descrições. Temos Lulas à Correia, Polvo em Tomate, Camarão Guisado, Massa de peixe, Frango em tomate, Coelho e Borrego, ambos também à Correia. Duas refeições depois entendemos a justiça do sufixo, “à Correia”, em vários pratos. É a mão sábia do proprietário da casa que torna especial aquilo que noutro lado poderia ser apenas banal. Mas não nos antecipemos a concluir porque este não é um local para pressas. Nem para indecisões, ou pedidos de poucas gramas. É que a experiência podia ter dado para o torto logo no inicio. Queríamos perceves mas não tínhamos muita noção do peso. Arriscámos 150gramas... o que fomos fazer! A resposta veio de pronto: “Oh! 150 gramas, nem pensar. Tenho que ir cozê-los e menos do que 250 não faço”. “Que não seja por isso” - se rápido pensei, mais rápido disse, recordando-me do aviso do meu amigo. Mas não aprendi…”e como são as Lulas à Correia?”, perguntei (estupidamente, claro). “Então é lulas com batata e arroz”. Pois claro, o que mais poderia ser?
Este episódio tem a sua graça porque no seu todo as coisas resultam bem. É como se tivéssemos sido transportados para um almoço de domingo em casa daqueles avós rezingas com talento especial para a cozinha mas já sem muita paciência para receber. Encerrado o capítulo das perguntas, após uns breves instantes, começaram a chegar à mesa os pedidos: uns percebes da melhor qualidade (carnudos, com aquele característico aroma a maresia, como se tivessem sido acabados de apanhar) e umas lulas grandes, tenras, recheadas com arroz e com os próprios “cornichos”, tudo num conjunto de apuro perfeito. Como gostámos resolvemos voltar para jantar (“pelos vistos não vos devo ter tratado muito mal” diz-nos a D. Lilita em jeito de troça como quem diz: “passaram no teste”). Pena que uma indisposição do Sr. Correia nessa tarde o tenha afastado da cozinha, deixando a tarefa para a anfitriã. Não que esta não tenha dado conta do recado mas notou-se, no apuro, que a mão não era a mesma. E assim nem o Frango com Tomate, nem o Coelho (guisado) à Correia brilharam como as lulas do almoço. Nas sobremesas não havia muito por onde escolher. Ficámo-nos por uma boa tarte de alfarroba, presença corrente nesta zona e por uma honesta torta de amêndoa. No que diz respeito a vinhos, não se deixe enganar pela simplicidade do local, uma vez que este Café Correia tem fama de possuir uma boa garrafeira. Pena que a carta seja tão caótica e rasurada. Valha-nos a existência de algumas boas espécies mais antigas e a preços bastante aceitáveis (bebemos ao jantar, o tinto Vinha da Nora 2001). Para quem acha que exagerei acima num ou outro pormenor, deixo o “retrato à la minute” exposto na parede: “ Ao visitante (…) recomenda-se alguma habilidade no relacionamento com a anfitriã e dona do estabelecimento. Missão absolutamente imprescindível para ter acesso a um dos locais onde melhor se come em Portugal”. Passe o exagero, a prosa continua, deixando algumas regras para ser-se bem recebido: “1º a porta para o almoço abre exactamente às 13.00h; 2º espere junto ao bar até que lhe seja indicada mesa; 3º nada de pressas; 4º não traga guias turísticos à vista; 5º não pergunte se há isto ou aquilo” e, por último, “Agosto não é a melhor altura” (Ass: Tó M. – capitão da areia). Felizmente Setembro está à porta e desejo lá voltar. (preço médio por refeição completa, 20€/25€, com vinho)
Contacto: Rua Primeiro de Maio 4 - Vila do Bispo ; telef: 282 639127
Texto publicado originalmente no suplemento Outlook (Diário Económico) em 29 Agosto 2009
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Ainda custa a digerir
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Bertílio na Casa da Comida
Ele não quer que pessoas como eu fiquem com excesso de expectativas, nesta fase, porque, embora já haja novidades da sua autoria na lista de pratos do restaurante e estejam lá membros da antiga equipa do Vírgula, inclusive o sub-chefe, a sua consultoria está ainda numa fase inicial e ele tem que dedicar-se também à gelataria que vai abrir em Tróia, junto com a sua mulher, a exemplo da que já têm em Alhandra.
Vamos ver quando conseguirei ir lá experimentar, mas a Casa da Comida passou para o topo das prioridades, porque Bertílio Gomes é sem dúvida um dos chefes mais bem preparados da nova geração e tenho a certeza que se encontrar um local adequado para mostrar o que vale irá muito longe.