quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Portuñol
Foi mesmo este o nome eleito por François Lurton para ilustrar o seu novo projecto de vinho, um licoroso de Toro, um vinho extreme da variedade Tinta de Toro, elaborado “ao estilo” do Vinho do Porto. Apesar de pouco, ou nada, se assemelhar a um Vinho do Porto, este Portuñol acaba por ser engraçado, irreverente e muito frutado, apesar de claramente magro e curto na boca. E, claro, apesar da inspiração evidente e assumida no Vinho do Porto, as diferenças, essas também são notórias, começando pelas uvas passificadas de uma só casta… e terminando no estágio de alguns meses em barricas de carvalho francês!
Curiosamente, por mais que uma vez senti que o estilo se situava num registo muito próximo dos “Port Style Vintage” australianos… o que não constitui exactamente o melhor elogio.
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2 comentários:
Isto faz-me lembrar um vinho "generoso" que serviram num restaurante em Mendonza, na Argentina. Chamava-se Malamado e o nome era um anagrama de "Malbec al moda del Oporto". Quando o escanção reparou que eu era português não teve coragem de me cobrar por aquele "Porto".
Se era bom? digamos que já traguei referigerantes de uva que me souberam pior
Miguel, este Portuñol não corresponde, nem de perto nem de longe, ao cenário de terror que descreves com esse Malamado (que nome fantástico) argentino. Só seria um desastre se fosse encarado como um Porto, ou se tivesse pretensões para tal, coisa que não tem… nem poderia ter.
Como vinho licoroso até é engraçado e divertido.
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